sábado, 24 de maio de 2014

Anúncio + Texto - Vida: Dúvida, reconhecimento e egoísmo.

Meses sem nenhuma postagem inédita por aqui, a verdade é que eu mudei muito ao longo do tempo, e fui deixando de lado o prazer de ler, escrever, desenhar, confesso que me tornei preguiçoso até para ouvir música. Mas hoje eu parei pra pensar e percebi que esses hobbies são algumas das poucas situações onde a mudança é bem vinda.  Bom, fora esse texto um pouco dramático tenho uma notícia e uns versos pra compartilhar, primeiro é que o nome do blog vai mudar, levando em conta que minha vida tem passado bastante tempo em um bar, e que tenho sido cético a ponto de questionar e criticar a própria filosofia que prefiro não manchar dois nomes de uma vez só, espero que entendam, e que me ajudem. Bom, espero que gostem do que está por vir, e qualquer tipo de feedback é aceito desde que não fale mal da minha mãe, ou de algum filme do Harrison Ford. Divirtam-se:


 Vida: Dúvida, reconhecimento e egoísmo

Já é tarde, como sempre.
Abro a janela e vejo quanto tempo perdi,
tentando ganhar um pouco de tempo para mim.
Não faz sentido, como sempre.
Talvez não faça porque só assim chegamos até lá,
sem entender onde estamos, por onde passamos e o que fizemos.
Ah, mas o céu está lindo, como sempre.
E ainda assim me vejo perguntando a terra meu propósito,
trabalho e estudo todos os dias, tentando entender.

Eu sou feliz, quando quero.
Fecho a janela, não porque não tenho perguntas,
mas porque já não sei se terei as respostas.
Tudo é tão simples, quando quero.
A atenção que tenho nas dificuldades sempre foi meu maior erro,
e é por esse medo que me perco.
Eu sou um vencedor, quando quero.
Multiplico minhas chances, divido meus ideais e planejo meus sonhos.
Eu sempre tenho a vitória quando tudo que quero é vencer.

Se é cedo? Não sei.
Desde os 15 anos tenho medo de estar ficando sem tempo,
é como se tudo já começasse a existir sobre o efeito de um câncer, se destruindo.
A verdade? Não sei.
Muita das vezes vejo minha vida se queimando como meu cigarro,
cada fogo, cada respiração, cada dia, cada tragada, tudo leva ao fim.
Entender a vida? Não sei.
Eu não entendo a comida que eu como, a roupa que eu visto,
e isso não me impede de usa-las frequentemente.

Como sempre, quando não quero, eu não sei!
Mas eu sei que quando eu quero, como sempre tudo pode fazer sentido!
Já me fechei tanto, que ainda me sentia sufocado mesmo com a janela aberta,
que com a luz acesa as trevas eram minha companhia,
que caminhando em um jardim eu só conseguia sentir cheiro de lixo e morte.
Eu chorei, eu bebi, eu amei, eu sorri.
Tudo isso procurando um propósito pra minha existência,
sempre fui amante da liberdade, mas isso não me impedia de buscar um script pra mim,
eu buscava as minhas cordas, e implorava para que alguém fosse meu titereiro.
Mas então eu acordei, lavei meu rosto com água, e minha alma com alegria,
e só então entendi e obtive as respostas que busquei por tanto tempo.

O que como sempre eu quis saber e não soube,
é que a única coisa que importa sou eu e o que quero pra mim.


Lucas Dantas de Oliveira


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