Liberdade de expressão

A arrogância de fato é um sinal de superioridade, quem sabe mais tem menos coisa pra aprender (Menos ≠ Nada). E esse tem sido um dos problemas da sociedade atual, os grandes revolucionários arrogantes das redes sociais travam diariamente uma guerra virtual contra os passos opressores do governo em direção ao povo. Os esquerdamentos dos esquerdistas esquerdosos da esquerda não podem parar, afinal, eles são o futuro da nação, conhecedores do certo e do errado, espertos contra manipulação da mídia, absolutamente não alienados, especialistas na defesa contra as artes das trevas. 

A revolução que começou com palavras a anos e atrás que trouxe a nossa história, movimentos populares, greves, revoltas pacificas ou não sempre levantando a bandeira da liberdade de expressão, e outras causas que eram estudadas, e compartilhadas de forma inteligente, e sempre com caminhos abertos,  ou seja, compreendendo todos os lados de cada fragmento das causas para evitar erros, e se tonar tão ignorante quanto a elite. Pois bem, a esquerda teve sucesso em grandes casos e também há conquistas que ainda não chegaram ao poder mas certamente já está na cabeça do povo, a juventude tem seguido cegamente os movimentos para recolocar o povo no poder do governo, mas pera aí... cegamente? 

A imagem acima tem um grande número de compartilhamentos nas redes sociais . Vamos interpreta-la de uma forma bem simples: Se a sua filha falar um palavrão, dançar funk e usar roupas curtas, ela vai engravidar, virar uma sem vergonha (de acordo com a tirinha parece que engravidar = ser sem vergonha). E a mensagem que mostra o foco dos revolucionários com o uso dessa imagem no Facebook é apresentada em 2 palavras destacadas no inferior da tira: "ACORDA BRASIL!"

Manipulação, alienação, censura. A luta de gerações contra essas coisas, hoje faz parte do dia a dia de alguns, sem que os mesmos percebam como se tornaram os mesmos monstros das histórias que eles mesmos contam. O preconceito em relação ao funk é hilário, a galera da modinha do rock faz questão de mostrar sua superioridade seja na política como no gosto musical, permitindo que fique claro que quem ouve funk não presta(ou é ladrão ou piriguete), e quem ouve rock, esta no topo de qualquer cadeia universal. Tá bom, tá bom, o funk dos anos 90 era uma clara expressão cultural, hoje nós temos que duvidar, afinal, quem quica com a bunda no ah lelek realmente impõe pouco respeito... Mas você que tem o direito de julgar o gosto musical alheio é sem dúvida um sinal de respeito! (NOT!)

Somos tão inocentes que associamos roupas curtas em uma mulher como algo depravado. Por favor rapazes, não chamem as moças de vadias quando é você que se excita com qualquer pele a mostra. Podemos não ser uma sociedade machista, mas somos no mínimo hipócrita na luta contra o conservadorismo, quando no dia a dia julgamos aquela vizinha de short curto indo pra academia, quando a roupa curta da panicat é motivo suficiente para passar a mão ("ah, mas quem passou a mão é um homossexual". Um homossexual que jogou fora anos da luta da sua classe para a liberdade de expressão fora, com uma simples ação não tão simples assim). 

Somos a geração do célebro cerebelo cérebro! Aprendemos a valorizar e criar considerações ao redor de um ser humano de acordo com seu nível intelectual, o que não vai mudar se o mesmo for mulher, negro, gay, roqueiro, funkeiro, velho ou blogueiro. Mas é sério: "ACORDA BRASIL!", o seu governo democrático tem enganado o próprio nome. Seu hino mente, sua bandeira nacional mente, seu deputado mente. Mas a chave pra mudança de tudo isso não é lutar contra o funk, ou contra aquela emissora na televisão que seus pais adoram, você gasta tanto tempo da sua vida tentando fazer pessoas mudarem opiniões pessoais, gostos musicais e etc. Se sua mãe não te ensinou aquela frase histórica pronunciada por algum poeta super sensato, deixa eu te ajudar:

                                          -Gosto é igual a cú, cada um tem o seu!